Após menos de um mês de investigação, a Polícia Militar chegou a conclusão que um homem que apareceu sangrando no rosto, em um vídeo publicado na internet não foi agredido por um militar em Dracena. A investigação preliminar que daria suporte para a instauração de uma sindicância ou inquérito inocentou o policial da acusação de envolvimento de qualquer tipo de crime no caso. A informação foi dada pelo capitão Marcelo Cavalcante, que foi procurado pela reportagem do JR e Portal Regional para falar sobre o assunto. Cavalcante disse que foram feitas várias diligências que identificaram pessoas que estavam próximas do local onde a vítima foi filmada sendo possível vê-las. Elas foram entrevistadas e as mesmas afirmaram desconhecer que tinham praticado a agressão.

Segundo o capitão, outro fato importante é que na data dos fatos, no dia 4 de janeiro, chegaram no local guarnições da PM e do Resgate do Corpo de Bombeiros para socorrer o homem agredido.

Nas investigações tanto a equipe da PM quanto os Bombeiros foram entrevistados e informaram desconhecer e que não viram nenhuma agressão e, que em momento algum a vítima vinculou o nome do policial como autor.

Cavalcante explicou que dois dias depois dos fatos entrevistou pessoalmente o homem que havia sido agredido. Ele bem melhor psicologicamente falou com firmeza que não se lembrava do que ocorreu naquele dia e nem quem teria sido o agressor.

De acordo com o capitão, não houve qualquer tipo de prova que tenha indicação que algum policial militar tenha praticado a agressão. Cavalcante disse ainda que toda a investigação concluída foi encaminhada ao 25º Batalhão que por sua vez opinou pelo arquivamento da acusação.

Nas diligências, a Polícia Militar identificou pessoas que fizeram comentários acusando o policial e as mesmas foram localizadas e afirmaram que não tinham visto o autor da agressão e que apenas se empolgaram ao ver o vídeo e fizeram o compartilhamento sem esperar que tivessem essa repercussão e pediram desculpas pelos comentários que fizeram.

O capitão Cavalcante ressaltou que é muito importante de fato as pessoas entenderem que em redes sociais não há o anonimato, pelo contrário já que os crimes de calúnia, difamação e injúria sempre têm que ter o interlocutor e uma pessoa que ouviu ou assistiu e assim se tornando como uma prova que ficou registrada.

Procurado pela reportagem via telefone o policial que foi citado no vídeo como suposto autor da agressão, ele disse que ingressará na Justiça o caso pedindo reparação de danos morais contra as pessoas que o caluniaram, difamaram, injuriaram e até mesmo fizeram ameaças de morte. (Com a colaboração do repórter Marcos Maia)