A onça-parda capturada em um ferro velho, em Dracena, no ano passado vem auxiliando nas aulas práticas de Anatomia Animal, na FCAT (Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas) – Unesp local. A onça passou pelo processo de taxidermia, técnica de preservação de animais mortos que os enche de palha, para conservar suas características físicas.

Na semana que passou, quarta-feira, 5, a FCAT recebeu o sargento Robson Dinardi, zootecnista formado no campus de Dracena, e integrante da Polícia Ambiental que coordenou a operação da Polícia Ambiental em maio de 2018, com o objetivo de capturar a onça-parda.

O sargento recorda que o animal fugindo de um incêndio ocorrido no Parque Estadual do Rio do Peixe, perdeu-se no perímetro urbano de Dracena. “Relatos confirmaram que o felino já circulava pela cidade por três dias. A operação de captura do animal, que estava desnutrido e desidratado, durou cerca de seis horas e encerrou-se, infelizmente, com o seu óbito em virtude de uma parada cardíaca”, lembrou. O sargento ainda destacou: “A Polícia Ambiental não mediu esforços para preservar a vida do animal. O nosso principal intuito nesse tipo de situação é devolvê-lo a seu habitat natural após a sua recuperação e readaptação em centros especializados ou hospitais veterinários da região”.

A FCAT informou que após o óbito, o animal foi encaminhado ao Laboratório de Anatomia da FCAT, onde foi taxidermizado por um profissional especializado, auxiliado por João Milton Lavoier, assistente de suporte acadêmico da unidade.

As aulas práticas de Anatomia Animal têm como responsável a professora Flávia Thomaz Verechia Rodrigues.