Os Correios informaram à Prefeitura de Presidente Prudente que, a partir do próximo dia 1º de novembro, não farão mais o serviço de entrega de correspondências nos distritos de Ameliópolis, Eneida, Floresta do Sul e Montalvão.

A administração municipal terá de assumir o serviço ou os postos de atendimento existentes nos distritos serão fechados.

No ofício enviado à Prefeitura, os Correios informam que o transporte de correspondências vai terminar no próximo dia 1º de novembro.

Atualmente, os Correios levam as correspondências e pacotes até os postos comunitários que ficam em cada um dos distritos. A partir disso, os moradores vão até esses locais buscar as cartas, as compras que foram feitas pela internet e o que mais tiver chegado. Os funcionários desses postos são servidores municipais.

Agora, os Correios querem que a Prefeitura busque as correspondências destinadas ao destino e as leve por conta própria até esses postos. Senão, os moradores dos distritos terão de vir até a cidade para buscar tudo. O distrito de Ameliópolis, que é o mais distante, fica a quase 50 quilômetros do Centro da cidade.

A Prefeitura pontuou que a Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos e Legislativos deve entrar na Justiça com um mandado de segurança, pois entende que a partir do momento em que detém o monopólio de um determinado serviço, como é o caso dos Correios, o mesmo não pode ser interrompido. Caso não tenha sucesso na ação judicial, a Prefeitura vai analisar outras medidas a serem tomadas.

Ainda segundo o Poder Executivo, cerca de cinco mil pessoas vivem dos distritos e podem ser afetadas por esta decisão dos Correios, sem contar produtores rurais que possuem caixas postais nas agências.

Se tiver de assumir este serviço, a Prefeitura estima que vai aumentar em R$ 20 mil por mês os gastos com funcionários e combustível, além de ter de contratar uma seguradora, já que há encomendas de valor.

O secretário municipal de Administração, Alberico Bezerra de Lima, informou que a Prefeitura está estudando qual medida vai tomar, mas não quer que os postos comunitários sejam fechados.

Ele disse, também, que o transporte desses itens vai aumentar a despesa dos cofres públicos municipais e que ainda tem a questão de segurança dos produtos que pertencem a outras pessoas que, muitas vezes, são de valor.

Previsão contratual

Os Correios disseram que existe previsão contratual para que a Prefeitura faça o transporte dos objetos postais das unidades próprias da empresa para as agências comunitárias.

Portanto, consideram que estão apenas adequando a operação ao que está previsto em contrato.

Ainda vão ter mudanças as cidades de Caiabu, Dracena, Martinópolis, Mirante do Paranapanema, Pirapozinho, Presidente Bernardes, Rancharia, Regente Feijó e Teodoro Sampaio.