A preocupação com segurança deixou de ser exclusiva dos moradores de grandes centros urbanos. Se antes, apenas nesses lugares era visível o uso de equipamentos eletrônicos para proteger empresas, comércios, prédios, condomínios e residências, agora basta dar uma volta pela cidade para verificar a utilização de cercas elétricas e alarmes não só em estabelecimentos comerciais, mas até mesmo nas casas.

De acordo com Edimar Everson Bertolin, sócio-proprietário da empresa Águia de Aço, a procura pelos serviços aumenta a cada ano. “Antes o argumento das pessoas era ‘moro em Dracena há muitos anos e nunca tive problemas’. Hoje, elas estão mais preocupadas; mesmo as que não contratam os serviços da empresa, admitem a necessidade”, explica.

Os sistemas de segurança envolvem de uma maneira geral – alarme monitorado e circuito fechado de TV com monitoramento eletrônico. O primeiro inclui sensor magnético, infravermelho e cerca elétrica. Mas, há muitas opções no mercado e a escolha fica a critério de cada um. “Hoje o sistema de alarme não é somente para a alta sociedade. De uma forma ou de outra é acessível à população”, pondera Jaime Nakano, gerente regional da empresa JVR.

A Associação Brasileira de Empresas de Sistemas Eletrônicos e de Segurança informa que no Brasil há 1,3 milhões de câmeras de monitoramento. Segundo Edimar, o uso da câmera demorou um pouco mais para chegar aqui. “Nossa região está pedindo esse serviço agora. Antes a procura era menor”, relata.

Na maioria dos casos, o interesse das pessoas em instalar em suas casas equipamentos de vigilância acontece por dois fatores – prevenção ou porque já sofreram alguma tentativa de furto e/ou assalto. Apesar da procura ser constante durante o ano, a urgência na instalação ocorre nos períodos de férias escolares, como janeiro e julho, e no final do ano, quando grande parte das pessoas viaja.

Jaime acredita que o aumento na procura de segurança eletrônica e a mudança de perfil dos interessados, anteriormente empresas, comércios e bancos se dá por uma crescente conscientização das pessoas. “Todos vão ter que procurar uma forma de se prevenir”, diz.

Os preços dos serviços de segurança eletrônica variam de acordo com os equipamentos escolhidos pelos clientes. Para se ter uma ideia, na cidade, um serviço de alarme monitorado custa a partir de R$ 500,00.

ORIENTAÇÕES – Além do uso dos equipamentos eletrônicos, o cidadão pode adotar algumas medidas que contribuam para sua segurança domiciliar e de sua família. Especialistas orientam que ao mudar de casa, troque as fechaduras das portas de acesso. As portas devem ter olho mágico ou vídeo-porteiro. O quintal não deve ter folhagens que propiciem o esconderijo de estranhos. Cuidado com pessoas que se passam por vendedores e prestadores de serviço.

Encomendas não solicitadas não devem ser aceitas. Durante as viagens, alguém deve passar pela residência para apanhar os jornais e a correspondência. As luzes não devem ficar acesas 24h.