Projetos de cooperação técnica para micro e pequenas empresas e oportunidades de investimento na Copa do Mundo de 2014 estão sendo analisados hoje (22), em Roma, na 2ª Reunião do Mecanismo de Monitoramento do Comércio Bilateral Brasil-Itália. O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, chefia a delegação brasileira.
A relação comercial entre os dois países ainda é pequena. Em 2009, por exemplo, a soma das importações e exportações (corrente de comércio) alcançou US$ 6,68 bilhões, com um déficit de US$ 648 milhões para o Brasil. No primeiro trimestre de 2010, as exportações brasileiras para a Itália totalizaram US$ 828 milhões – queda de 2% em comparação com o mesmo período de 2009. As importações registraram aumento de 35%, atingindo US$ 1,051 bilhão no primeiro trimestre deste ano.
Os principais produtos que o Brasil importa da Itália são partes e peças para automóveis e tratores, e medicamentos. No topo da lista das exportações brasileiras para a Itália estão café em grão e minério de ferro.
A ampliação do comércio entre os dois países consta do acordo de parceria estratégica assinado no dia 12 de abril deste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, em Washington, quando ambos participaram da Cúpula de Segurança Nuclear. O acordo trata da cooperação mútua em diversas áreas, como política, judiciária, técnico-militar e defesa, econômica, comercial, industrial, financeira, de turismo e energia, entre outras.
No documento, Lula e Berlusconi concordam que micro, pequenas e médias empresas representam importante papel na geração de emprego e renda em seus países. Destacam ainda a relevância do fórum permanente de negócios bilaterais direcionado aos pequenos empresários como um espaço no qual associações empresariais dos dois países podem trabalhar pela expansão do comércio e dos investimentos. O fórum foi criado em junho de 2009, em São Paulo.