A criação de um comando unificado de policiamento para as 12 capitais brasileiras onde serão realizados os jogos é uma das propostas que serão levadas ao governo como resultado do Encontro Técnico de Segurança Pública para a Copa de 2014, que terminou hoje (14), em Brasília. O encontro reuniu, durante cinco dias, representantes de órgãos de segurança do governo federal, dos estados e dos municípios que sediarão o evento.

O encontro foi promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça, e marcou o início das atividades do grupo de trabalho Copa 2014 na área de segurança. Segundo o coordenador dos trabalhos, Henrique Borri, o modelo de comando unificado proposto mantém a autonomia das instituições policiais, mas atua no controle de incidentes de forma integrada.

“Respeita-se o pacto federativo e a autonomia institucional, mas permite-se a atuação da segurança por meio de ações integradas, racionalizando-se os meios e os recursos humanos e materiais”, disse Borri.

 Pela proposta, o centro de comando e controle principal do policiamento unificado da Copa ficaria em Brasília, com centros de comando e controle regionais nas capitais onde serão realizados os jogos, e centros de comando e controle locais nos estádios.

O sistema inclui ainda centros de comando e controle móveis, para o policiamento de parques e áreas de interesse dos jogos. Para que tudo isso saia do papel, segundo Henrique Borri, o próximo passo será a formalização de “Matrizes de Responsabilidade”, por meio de um documento que defina, na área da segurança, as responsabilidades de atuação e investimentos da União, estados e municípios. O documento será encaminhado ao setor jurídico do Ministério da Justiça para análise e providências necessárias.

“Essa ação unificada nos estados já existe, por meio dos gabinetes de gestão integrada municipal e estadual. O que estamos buscando é a promoção de uma atuação operacional conjunta durante a Copa de 2014, permitindo que as instituições estejam juntas na produção de segurança da comunidade. Essa ação, hoje, está em nível estratégico, mas estamos propondo que se torne uma diretriz da Secretaria Nacional de Segurança Pública em nível operacional”, disse Borri.

De acordo com o coordenador do encontro, foi criado um documento que definiu atribuições gerais e específicas para cada órgão de segurança pública no processo de produção da segurança da Copa de 2014. “Assim, quatro anos antes do evento, nós já sabemos o que cada um desses atores fará no setor de segurança durante a Copa do Mundo”, afirmou.