Ontem de manhã, o 25º Batalhão de Polícia Militar do Interior, se reuniu com profissionais da imprensa e policiais, onde mostrou como funciona e a forma que serão empregadas no policiamento da região, as quatros pistolas elétricas Taser, que disparam choques imobilizando pessoas em ocorrências de difícil controle.

A reunião foi coordenada pelo capitão Sílvio César Saraiva, responsável pelo setor de operações do Batalhão e pelo tenente Pedro Miguez Camin. O tenente Eder Mazzin Bressan, comandante do pelotão de Lucélia foi o único presente na demonstração que se ofereceu como voluntário para testar os efeitos do disparo da pistola Taser. Ele disse que é uma experiência diferente e o impacto das ondas elétricas, causa sensação estranha no organismo fazendo com que a pessoa caia ao solo. “No meu caso após receber o choque tentei parar em pé, mas não conseguiu, o impacto é tão rápido que nem dor senti”, explicou o tenente Eder.

O capitão Saraiva afirmou que a demonstração à imprensa fez parte da capacitação e do treinamento dos policiais para fazerem o emprego da arma. Ressaltou que foi explicado não só o funcionamento da arma bem como os efeitos nas pessoas e um treinamento real com o tenente (voluntário). Saraiva disse que como a pistola elétrica é uma novidade abre possibilidade para a Polícia Militar atuar, neutralizar a ação do agressor preservando a integridade humana de todos. Segundo ele, existem alguns casos que essa arma não pode ser usada, tais como em pessoas muito idosas, grávidas, crianças e em situações de indivíduos que estejam em pontes, viadutos e telhados, onde o risco de lesão na queda é grande.

Segundo ele, as quatro pistolas Taser que o Batalhão recebeu serão distribuídas nas unidades da região de forma estratégica e só podem ser usadas em situações especiais e analisadas pelo policial. “Os sargentos portarão a arma, porém nem todos os policiais terão a disposição, havendo a necessidade, o oficial vai se deslocar com a arma para o atendimento da ocorrência”, afirmou Saraiva.

A Taser será usada em ocorrência que apresentar estado de violência, onde houver resistência contra a polícia, suspeitos sob efeitos de drogas e álcool, distúrbio social, entre outras.

Através de um vídeo foi explicado que as novas armas consideradas não letais preservam a integridade física e a vida durante a ocorrência. No vídeo, o instrutor de operações especiais Eduardo Terra, respondeu as principais perguntas sobre as pistolas e mostrou simulações de situações comuns que podem ocorrer no dia-a-dia da polícia, com disparos reais das pistolas nas situações, onde os voluntários atingidos usavam coletes balístico.