O Comitê Organizador Local (LOC) do Mundial da África do Sul determinou os salários a serem pagos aos funcionários da segurança dos estádios, em greve pelos baixos rendimentos desde o último domingo, segundo a empresa concessionária responsável pelo serviço.

Em comunicado divulgado hoje, o diretor-geral de Stallion Security, Clive Zulberg, disse que a companhia encarregada da segurança em quatro estádios foi quem cancelou o contrato com o LOC e não o contrário.

Desde o início da greve, o policiamento nos estádios em que os funcionários paralisaram os trabalhos está sendo feita pela Polícia.

O diretor do Stallion ressaltou que o LOC fez várias manifestações públicas negando interferência nas quantias pagas aos funcionários de segurança, mas “isso é falso”.

A Autoridade Reguladora da Indústria de Segurança Privada (PSIRA) da África do Sul “determinou tarifas vinculativas por insistência do Comitê Organizador Local”, acrescenta o documento da empresa, que contratou a segurança em vários estádios.

Por cláusulas de confidencialidade, Zulberg não pode revelar detalhes do contrato com a organização do Mundial, mas confirmou que os salários dos empregados foram determinados pelo Comitê Organizador Local e anunciou que o caso ameaça se transformar em um “litígio” nos tribunais.

Os trabalhadores de Stallion iniciaram no domingo passado, em Durban, uma greve que depois se estendeu para Cidade do Cabo e Johanesburgo, após acusar a empresa de pagar 190 rands (18 euros) por dia, no lugar dos 1,5 mil rands prometidos.

O contrato com Stallion foi cancelado pelo LOC após a greve, durante a qual a Polícia dissolveu de maneira contundente os protestos dos trabalhadores em Durban e na Cidade do cabo.

Tanto a Fifa, quanto a organização local do torneio e a Polícia tinham responsabilizado Stallion pelo problema, por não ter resolvido as questões salariais com os empregados antes de começar o Mundial de Futebol África do Sul 2010, que começou 11 de junho e finalizará 11 de julho.