Foi encontrada na tarde de quinta-feira, 29, em Presidente Venceslau, a jovem Lucinéia Maria da Silva, de 21 anos, moradora de Junqueirópolis e que estava desaparecida há 17 dias. Segundo informações de Sidnéia Maria da Silva, mãe da vítima, ao Jornal Regional, sua filha estava em uma praça, junto com a mulher que eles desconfiavam que tivesse envolvida no sumiço da jovem, mas ambas estavam debilitadas e eram obrigadas a pedir dinheiro na rua por outra mulher.
Em entrevista ao JR, Sidnéia contou que na quarta-feira, 28, ela recebeu uma ligação a cobrar de um número desconhecido, e não teve dúvidas, do outro lado da linha era sua filha. A menina dizia estar bem, porém a mãe ouvia vozes ao fundo que orientavam o que a jovem deveria dizer. Sidnéia então pediu para falar com a tal pessoa, que disse ser espírita e estar realizando um tratamento em Lucinéia.
A tal pessoa, que se identificou como Juliana, pediu ainda para que a mãe mandasse algumas peças de roupa para a jovem, oportunidade em que a família pediu o endereço do local, que ficava em Presidente Venceslau. Os familiares então foram à cidade e lá mesmo pediram orientação policial, que os acompanhou até o endereço indicado, localizado em uma praça.
“Quando chegamos ao local, encontramos minha filha junto com a outra moça que desconfiávamos que a convenceu a fugir. Ambas estavam debilitadas e assustadas, pois eram obrigadas a pedir dinheiro nas ruas a mando da Juliana e vivendo em condições precárias. Foi terrível vê-la daquele jeito, mas a sensação de alívio era muito maior”, declarou Sidnéia.
A mãe descobriu que a colega de Lucinéia foi até Junqueirópolis buscar a jovem e a levou para Presidente Prudente. De lá, elas foram para Venceslau, onde tinham que prestar serviços para a tal Juliana, já conhecida dos meios policiais pela exploração de pessoas e crimes como falsidade ideológica.
A polícia chegou a perguntar se, além de Juliana, a família gostaria de prestar queixa também contra a colega de Lucinéia, mas a mãe conta que a situação da mulher a comoveu. “Ela também precisa de tratamento e acompanhamento médico e muito. Confesso que na hora que eu cheguei e as vi juntas, minha vontade foi fazer justiça com as próprias mãos, mas meu coração de mãe se sensibilizou com a situação dela e também da mãe que sofria sem notícias assim como eu, então pagamos uma passagem para que ela pudesse voltar para casa e na quinta a noite ela já estava com sua família”, contou Sidnéia.
A jovem já está em casa com a família, porém assustada, com medo e apresenta alguns hematomas nas pernas, mãos e no rosto, pois era agredida pela tal Juliana e um de seus filhos. Na tarde de ontem, 30, ela iria passar por um exame de corpo delito em Dracena e a Polícia continua investigando o caso.
Sidnéia também disse à reportagem que sua filha ainda está assustada “Eu não poderia ter recebido bênção maior do reencontrar minha filha. Me dói muito imaginar por tudo que ela tenha passado longe da gente, mas ela finalmente está conosco novamente. Cheguei a pensar no pior, mas minha fé me deu forças para continuar procurando e entre as muitas coisas ruins que aconteceu em 2016, ter ela de volta foi o melhor presente”, finalizou a mãe.